A Música de concerto, chamada popularmente de música clássica ou música erudita, é a principal variedade de música produzida ou enraizada nas tradições da música secular e litúrgica ocidental. Abrange um período amplo que vai aproximadamente do século 7 até o presente e segue cânones preestabelecidos no decorrer da história da música. Apesar do nome que remete a algo do 'passado' ou 'antigo', esta variedade de música é escrita também nos dias de hoje, através de compositores do século 21 que criam obras inéditas, originais e atuais.
Orquestra, concerto, ópera, sinfonia, instrumento...
Uma orquestra é composta por todas as famílias instrumentais acústicas: as cordas(violino, viola, violoncelo e contrabaixo), as madeiras(flauta, oboé, clarineta, fagote, etc.),
os metais (trompete, trompa, trombone, tuba) e a percussão(tímpano, gongo, xilofone, etc). Saxofone e violão eventualmente também participam de uma orquestra, além de pianos,
órgãos e celestas. Para as orquestras são escritas as sinfonias. Quando se destaca um instrumento da orquestra que será a voz principal, para o qual a melodia foi composta,
trata-se de um concerto. Mesmo destacando-se um instrumento ou conjunto de instrumentos nos concertos, a orquestra toda pode estar presente. As orquestras também realizam os
acompanhamentos das óperas, que são compostas para a voz humana. A voz pode ser classificada da mesma maneira que os instrumentos, observando-se a extensão de notas alcançada por
ela. As vozes mais agudas são chamadas "soprano", as vozes mais graves são os "baixo", que alcançam as notas mais graves.
Nenhum dos instrumentos categorizados como baixo existiam até o Renascimento. Na música medieval os instrumentos dividiam-se em duas categorias: instrumentos de volume mais alto, utilizados ao ar livre ou em igrejas, e os instrumentos mais silenciosos, usados internamente. Diversos dos instrumentos associados hoje em dia com a música popular costumavam ter um papel importante na música clássica arcaica, tais como gaitas de fole, vihuelas, hurdy-gurdies e algumas madeiras. Por outro lado, instrumentos como o violão, que eram associados principalmente à música popular, ganharam destaque na música clássica ao longo dos séculos 19 e 20.
Medieval e Renascentista: No século 7, surge a monodia (uma única linha melódica) do canto gregoriano – monodia que, sob uma forma profana, também será usada pelos trovadores. Período extenso e marcado pela diversidade. No século 12, com a Escola de Notre Dame (Paris), aparecem formas polifônicas (entrelaçamento de mais de uma melodia, nas quais Pérotin foi mestre. O aperfeiçoamento dos instrumentos, as exigências litúrgicas e o surgimento de um mercado formado pela nobreza feudal e pela burguesia mercantil das cidades determinaram a expansão da polifonia, com importantes contribuições de Machaut, Du Fay e Palestrina.
Compositor | Vida | País |
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Pérotin | 1160-1225 | França |
Hildegard von Bingen | 1098-1179 | Alemanha |
Afonso 10º, o Sábio | 1221-1284 | Espanha |
Adam de La Halle | 1245-1288 | França |
Guillaume de Machaut | 1300-1377 | França |
Guillaume Du Fay | 1397-1474 | França |
Thomas Tallis | 1505-1585 | Inglaterra |
Giovanni Pierluigi da Palestrina | 1525-1594 | Itália |
William Byrd | 1543-1623 | Inglaterra |
Giovanni Gabrieli | 1553-1612 | Itália |
Carlos Gesualdo | 1560-1613 | Itália |
John Dowland | 1563-1626 | Inglaterra |
Girolamo Frescobaldi | 1583-1643 | Itália |
Heinrich Schutz | 1585-1672 | Alemanha |
Barroco: Nenhuma escola musical possui analogias tão nítidas com as artes plásticas como o barroco: há o culto do ornamento, do arabesco – notas que enfeitam a melodia. De Monteverdi a Johann Sebastian Bach, a música descobre a profusão dos sons simultâneos como meio de alcançar o belo. Como pano de fundo dos instrumentos que se revezam na narração melódica, surge o baixo contínuo (em geral o cravo). A linguagem tonal se firma como sustentáculo da polifonia. Emergem novos gêneros musicais: oratório, cantata, sonata para teclado.
Compositor | Vida | País |
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Claudio Monteverdi | 1567-1643 | Itália |
Henry Purcell | 1659-1695 | Inglaterra |
François Couperin | 1668-1733 | França |
Antonio Vivaldi* | 1678-1741 | Itália |
Georg Philipp Telemann | 1681-1767 | Alemanha |
Domenico Scarlatti | 1685-1757 | Itália |
Jean-Philippe Rameau | 1683-1764 | França |
Johann Sebastian Bach* | 1685-1750 | Alemanha |
Georg Friedrich Haendel | 1685-1759 | Alemanha |
José Joaquim Lobo de Mesquita | 1746-1805 | Brasil |
Clássico: O classicismo surge em meados do século 18. Haydn passa a usar formas mais econômicas de expressão. Carl Philip Emanuel Bach (filho de Johann Sebastian) depura a sinfonia dos maneirismos. Gluck impõe o primado da música orquestral sobre as improvisações vocais da ópera napolitana. Essas inovações serviram de base ao mais genial compositor do período, Mozart. Coube a ele levar a nova linguagem ao extremo. A exemplo de Bach com o barroco, Mozart foi ao mesmo tempo, para o classicismo, o mais representativo e o grande coveiro: para não repeti-lo, era preciso inventar outra coisa. Beethoven foi um dos que entenderam o recado.
Compositor | Vida | País |
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Carl Phillip Emanuel Bach | 1714-1788 | Alemanha |
Cristoph Willibald Gluck | 1714-1787 | Alemanha |
Joseph Haydn | 1732-1809 | Áustria |
Domenico Chimarosa | 1749-1801 | Itália |
Wolfgang Amadeus Mozart* | 1756-1791 | Áustria |
Romântico: O romantismo criou uma profusão de novas formas de expressão: o moderno sinfonismo que começa com Beethoven, o lied (canção) que se consolida com Schubert. A música torna-se uma mercadoria. No lugar dos pequenos conjuntos a serviço de igrejas ou aristocratas, surgem as orquestras e as companhias de ópera financiadas com a venda de ingressos ao público. O plano, instrumento doméstico, cresce com Chopin, Schumann e Liszt. No teatro, a música vai do melodrama de Bellini e da comédia de Rossini à grandiloquência de Verdi e à ópera filosófica de Wagner. O estilo romântico permanece até hoje como a principal referência de ideia da música erudita para o público em geral.
Compositor | Vida | País |
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Ludwig van Beethoven | 1770-1827 | Alemanha |
Franz Schubert | 1797-1828 | Áustria |
Giacchino Rossini | 1792-1868 | Itália |
Vincenzo Bellini | 1801-1835 | Italiano |
Hector Berlioz | 1803-1869 | França |
Felix Mendelssohn- Bartholdy | 1809-1847 | Alemanha |
Robert Schumann | 1810-1856 | Alemanha |
Frédéric Chopin | 1810-1849 | Polônia |
Franz Liszt | 1811-1886 | Hungria |
Richard Wagner | 1813-1883 | Alemanha |
Giuseppe Verdi | 1813-1900 | Itália |
Anton Bruckner | 1824-1896 | Itália |
Johannes Brahms | 1833-1897 | Alemanha |
Antônio Carlos Gomes | 1836-1896 | Brasil |
Georges Bizet | 1838-1875 | Bizet |
Piotr Llyitch Tchaikowski | 1840-1893 | Rússia |
Antonin Dvorak | 1841-1904 | Tchecoslováquia |
Giacomo Puccini | 1858-1924 | Itália |
Gustav Mahler* | 1860-1911 | Tchecoslováquia |
Manoel de Falla | 1876-1946 | Espanha |
Impressionismo: Não houve um pós-romantismo como há hoje um pós-modernismo. A designação engloba uma reação estética que procurou dar uma eloquência menos subjetivista à música, colocá-la num patamar superior de racionalidade, por meio de achados harmônicos mais ousados e de formas mais despojadas. Em lugar de Bruckner, a orquestra sinfônica fala a linguagem de Claude Debussy e Maurice Ravel. A música perde em pretensão, mas ganha em simplicidade. A estética do Impressionismo na música rejeitou, em grande parte, o rigor e a precisão dos contornos melódicos e o desenvolvimento lógico da linguagem do tonalismo. Em vez disso, procurou criar sonoridades delicadas e sofisticadas, que pudessem retratar os títulos das composições, que evocavam a água, a neblina e as nuvens, a noite e as fontes.
Compositor | Vida | País |
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Claude Debussy | 1862-1918 | França |
Maurice Ravel | 1875-1937 | França |
Alberto Nepomuceno | 1884-1920 | Brasil |
Francis Poulenc | 1899-1963 | França |
Moderno: A música moderna tem início entre os anos de 1910 e 1920, com o advento do movimento impressionista. Esse estilo valorizava as inovações, dando foco às percepções sensoriais e abstratas.
Compositor | Vida | País |
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Richard Strauss | 1864-1949 | Alemanha |
Arnould Schoenberg | 1874-1951 | Áustria |
Heitor Villa-Lobos | 1887-1959 | Brasil |